segunda-feira, 31 de outubro de 2011

http://ppaberlin.wordpress.com/2011/09/21/1358/
Uma das grandes frustracoes e estresse de nossas conterraneas brasileiras na Europa é quando se deparam com o estígma que ronda a mentalidade machista e xenófoba que grande parte dos homens europeus tem sobre a mulher brasileira.  A idéia já cristalizada de que toda brasileira está sempre disponível, hipersexualizada e presa fácil. Isso vem acarretado muitos problemas e conflitos e mesmo gerando  agressoes simbólicas, psicológicas e físicas. E essas agressoes se dao na esfera privada, pública e nos meios de comunicacao. Muitas denúncias e acoes sao realizadas pelos movimentos de mulheres,  além de solicitacoes de apoio às entidades locais e representacoes brasileiras. Hoje de manha recebemos o Manifesto das mulheres de Portugal, que retrata fielmente a situacao que estao sofrendo por lá e que pode ser extendido para praticamente para toda a Europa. Os problemas já podem comecar nos aeroportos em que desembarcam. Estamos nessa luta contra esse estígma machista, sexista e xenófoba e muitas das vezes racista e neocolonial que se abate contra as mulheres brasileiras por aqui – Ras Adauto Berlin

domingo, 16 de outubro de 2011


Crianças brasileiras são perseguidas na Espanha

16 abr
Denúncia de ataque acende debate sobre xenofobia

Uma denúncia de agressão a duas crianças brasileiras em uma escola de Madri reacendeu na Espanha a polêmica sobre xenofobia nas instituições de ensino do país. A empresária paulista Mônica Patusca afirmou que seus filhos, Carlos Henrique, de 12 anos, e Ana Karina, de 9, foram alvo de agressões físicas e xingamentos racistas por parte de outros alunos do colégio pelo fato de serem estrangeiros.
O caso ganhou destaque na imprensa espanhola e levou o governo da Espanha a reconhecer que estudantes imigrantes são alvo de xenofobia nas escolas do país. Mônica, que mora com os filhos na Espanha há quatro meses, disse que Carlos Henrique “chegou em casa com as pernas roxas várias vezes”, afirmando ter sido agredido por um grupo de garotos da própria turma, da 7ª série do colégio Enrique Tierno Galván, em Madri. Segundo ela, o filho está fazendo tratamento psicológico para suportar “uma perseguição xenófoba que acontece desde o primeiro dia de aula, com xingamentos e violência física”.
Mônica contou ainda que chegou a prestar queixa na polícia com um boletim médico, mostrando que a filha sofreu agressão física durante o recreio. Ela também pediu ajuda ao consulado brasileiro em Madri, que mandou uma carta à escola relatando a reclamação da mãe dos alunos. Segundo a empresária, que mora em Madri com os filhos desde dezembro de 2008, o colégio não tomou providências. A diretora Elena Maria Perex disse que a instituição “não faz declarações à imprensa”.

Pesquisa
A denúncia de Mônica trouxe de volta ao país a preocupação com casos de xenofobia nas escolas espanholas. Um relatório de especialistas em educação e sociologia confirmou recentemente a situação vulnerável dos estudantes imigrantes. Segundo o informe do Observatório Estatal de Convivência Escolar – feito pelo Ministério de Educação no segundo semestre de 2008 – há grandes índices de rejeição dos estudantes espanhóis em relação a alunos estrangeiros.
Baseado numa pesquisa feita com 23.100 estudantes e seis mil professores do Ensino Fundamental de 300 colégios, a conclusão é de que os alunos espanhóis são pouco tolerantes para com os imigrantes. Quase a metade dos consultados, 46%, diz que prefere não fazer trabalhos escolares com companheiros latino-americanos. Dois terços dos alunos afirmaram ainda que optariam por não estudar ao lado de ciganos, judeus ou marroquinos. Dos coletivos de imigrantes, os únicos bem-vistos são americanos e europeus ocidentais. Segundo o ministério, o estudo tem como objetivo revelar as barreiras existentes a um convívio pacífico entre estudantes imigrantes e espanhóis, e criar “novas bases para resolver o problema”.
Mas os autores do relatório admitem que a política de integração está falhando.
“Os coletivos imigrantes estão sob um grande risco de sofrer intolerância em seus âmbitos de atuação e, o que é mais grave, não houve melhora alguma dos últimos anos para cá em nenhum dos métodos de integração e informação”, disse a diretora do informe, Maria Diaz-Aguado, catedrática de Psicologia da Educação da Universidade Complutense de Madrid.

fonte: http://avozdoimigrante.wordpress.com/