sábado, 26 de abril de 2014

Busque Amor novas artes, novo engenho

Busque Amor novas artes, novo engenho

Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

                         Luís de Camões

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Portugal comemora nesta sexta-feira os 40 anos da Revolução dos Cravos


Movimento de 25 de abril de 1974 terminou com a ditadura no país.
Tomada do poder não teve resistência e cravo virou símbolo da revolução.


 Portugal comemora nesta sexta-feira (25) os 40 anos da Revolução dos Cravos, movimento que que terminou com o regime ditatorial no país. Também conhecido como "25 de Abril" ou "Dia da Liberdade" em Portugal, o acontecimento foi uma revolta liderada em 25 de abril de 1974 por oficiais intermediários, em grande parte capitães que tinham participado da guerra colonial na África, contra a ditadura iniciada em 1926 por Antônio de Oliveira Salazar e encabeçada, a partir de 1968, por Marcelo Caetano.
Veja acima vídeo histórico do 'Memória Globo'
Os militares revoltosos destítuiram sem grande resistência o governo, dando início a uma transição para a democracia. Por isso denomina-se "Dia da Liberdade" o feriado de 25 de abril em Portugal. A associação com os cravos se deve ao fato de que essas flores foram distribuídas aos soldados durante o golpe. Os militares as colocaram nos canos de suas espingardas, criando um símbolo para a revolução.
A revolução foi protagonizada por um grupo de militares comandado pelos oficiais Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço, e começou a ganhar forma enquanto trocavam um pneu furado.
A lembrança foi relatada à Agência Efe por Vasco Lourenço, hoje presidente da Associação 25 de Abril, criada para manter vivo o espírito daquele movimento que acabou num piscar de olhos com o regime e criou a base para a volta da democracia em Portugal.
Basco Lourenço foi um dos organizadores da Revolução dos Cravos (Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP)Vasco Lourenço foi um dos organizadores da
Revolução dos Cravos (Foto: Patricia de Melo
Moreira/AFP)
"Quando retornávamos de uma de nossas primeiras reuniões, tivemos um pneu furado e o trocamos. Eram duas da madrugada, mais ou menos, quando disse a Otelo que não íamos solucionar nada com requerimentos e papéis, que devíamos dar um golpe de Estado e convocar eleições. Ele me olhou e disse: 'Mas você também pensa assim. Esse é meu sonho!'", contou.
De encontros como esse entre militares, surgiu o Movimento das Forças Armadas (MFA), uma entidade nascida em 1973 com o objetivo oficial de "recuperar o prestígio" do exército entre a população e resolver algumas exigências "de tipo corporativo".
Surpreendentemente, o MFA foi autorizado pelo executivo de Marcelo Caetano, herdeiro do ditador Antonio de Oliveira Salazar - morto quatro anos antes -, o que os permitiu atuar dentro de certa legalidade.
"Essa estrutura permitiu nos organizar e reunir, não dissemos abertamente que íamos conspirar contra o governo e dar um golpe de Estado, embora no fundo o propósito era derrubar o fascismo e a ditadura", explicou Basco Lourenço.
Os militares protestavam então pela guerra que Portugal mantinha em várias de suas colônias, um conflito sangrento que se transformou na faísca que acendeu o pavio da Revolução.
Dançarinos se apresentam em rua de Lisboa durante comemoração da Revolução dos Cravos, movimento que em 1974 resultou no fim do regime ditatorial vivido em Portugal (Foto: Reuters)Dançarinos se apresentam em rua de Lisboa
durante comemoração da Revolução dos Cravos
em 2011 (Foto: Reuters)
Golpe de estado
No final de fevereiro de 1974, tudo se acelerou. A publicação de um livro do general Antonio Spinola que defendia uma solução política para as guerras coloniais pôs em alerta o regime.
Como consequência, Basco Lourenço foi transferido para as Ilhas Açores, situadas no meio do Atlântico, a 1.500 quilômetros de Lisboa. E, no dia 16 de março, surgiu uma primeira tentativa de golpe de Estado, liderada por seguidores de Spinola, mas que não foi bem sucedida.
O antigo líder do MFA só soube do golpe de 25 de abril por meio de uma mensagem cifrada enviada por telegrama a uma conhecida: 'Tia Aurora, sigo para os Estados Unidos da América 25.0300'. Um abraço, primo Antonio'.
"O interessante vinha no final, já que me dizia a data e a hora na qual começaria o golpe", relatou Basco Lourenço.
Chegado o dia, Lourenço disse que passou um dos momentos mais angustiantes de sua vida. "Pensava no que teria feito se estivesse no lugar de Otelo, e sabia que teria ocupado uma emissora de rádio. Por isso passei a noite zapeando de uma emissora para outra".
"Primeiro escutei um comunicado em uma emissora no qual se convocava médicos e enfermeiras a irem aos hospitais, o que não me permitiu saber se era nosso ou não. Passaram uns minutos, que a mim pareciam horas, pararam a marcha militar, e escutei os nossos. Fiquei louco", afirmou.
Revolução pacífica
Placa colocada perto do túmulo do ex-ditador português Antônio Salazar no cemitério Vimieiro (Foto: Francisco Leong/AFP)Placa colocada perto do túmulo do ex-ditador português Antônio Salazar no cemitério Vimieiro, em Portugal (Foto: Francisco Leong/AFP)
O hoje coronel atribui à experiência adquirida pelos militares nas guerras coloniais o fato de a Revolução dos Cravos ter sido pacífica, sem derramamento de sangue, o que também ajudou ao apoio da população ao levante.
Na sua opinião, foi "a melhor operação militar na história de Portugal".
"Ninguém esperava que ocorresse isso, nem sequer os serviços de espionagem, inclusive tínhamos no país uma esquadra da Otan", destacou Basco Lourenço, que tem apenas um 'mas' sobre o fato ocorrido há 40 anos atrás.
"Nosso grande defeito foi não ter preparado bem o dia seguinte. Não ter limpado todo o aparelho criou problemas que mais tarde fizeram com que hoje estejamos como estamos", lamentou.
São frequentes suas críticas ao atual governo português, de tendência conservadora, e às políticas de austeridade dos últimos anos, marcados pelo programa de ajustes estipulado com a União Europeia e o FMI em troca de um resgate financeiro.
"Sinto uma grande desilusão, não acredito nos políticos de hoje", admitiu o militar, atualmente com 71 anos, defensor de 'uma nova revolução'
http://g1.globo.com/

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Casa do Leitor, Madrid- Espanha


Eu participei na última terça e quarta- feira (29 e 30 de janeiro) de um curso intensivo  sobre literatura infantil em Madri, Espanha. “Leer sin saber leer” (“Ler sem saber ler”) voltado para o público de 0 a 6 anos. Fiquei absolutamente surpresa com a riqueza literária existente para essa faixa- etária. Literatura para bebês e pais de bebês também. Fascinante. Nesse post só vou mostrar um pouco o local do curso e depois vou contando as minhas descobertas literárias para a turminha. O curso aconteceu na “Casa del Lector”, no centro cultural “Matadero”, que era um antigo matadouro e mercado de gado do princípio do século XX e que manteve suas características originais nos seus 42 edifícios.
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terça-feira, 22 de abril de 2014

¿POR QUÉ CAFÉS, CAFETERÍAS?




Cuando vine a vivir a Barcelona, una amiga me preguntó a qué olía la ciudad, era una manera particular suya de, aunque de lejos, conocerla un poco. Le contesté que para mí olía a café. En aquel momento no me di cuenta o no pensé mucho sobre mi respuesta. Sólo ahora, 9 años después es que consigo empezar a comprender.

EN BARCELONA APRENDÍ MUCHAS COSAS, DESCUBRÍ BASTANTE SOBRE MÍ MISMA, CREO QUE ME ENCONTRÉ Y ME PERDÍ.

Dentre las cosas que aprendí a querer, están las cafeterías, las muchas que hay: las de toda la vida, llenas de historia en su interior, el encanto del pasado; las más modernas; aquellas para ir con niños y pasar un buen rato en família; otras para estar en compania de un libro o con amigas para charlar.

Si hay algo que descobrí que me gusta, es sentarme en un cafetería, pedir un café y observar. Es dejar pasar el tiempo. Y Barcelona es el lugar perfecto para eso, por la infinidad de lugares interesantes que tiene, por su ritmo, por su gente.

Mi objetivo es conocer tantas y cuantas cafeterías yo pueda, es compartir mis momentos en cada una de ellas, es disfrutar de un buen café, es invitarte a acompañarme en esta ruta, la ruta del café.

¿Quieres ir De Café por Barcelona conmigo?


fonte: http://decafeporbarcelona.wordpress.com/

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Que tal aprender um pouco a arte de beber um bom vinho?

11/04/2014 10h36 - Atualizado em 11/04/2014 12h20

Iniciação no mundo dos vinhos: um guia rápido e prático sobre a bebida

Vinhos e espumantes conquistam apreciadores de todas as classes sociais.
Confira dicas sobre tipos de taça, temperatura de serviço e harmonização.

Flavio FlarysDo G1 Região dos Lagos
1 comentário
Logo Inter TV RJ Gastronomia (Foto: Inter TV)
A cena é clássica: na prateleira de um supermercado ou diante de uma carta no restaurante com diversas variedades, o cliente olha para todas as opções de vinho disponíveis e fica completamente perdido em relação a qual bebida levar para casa ou pedir ao garçom. Qual combina melhor com o prato que eu vou servir (ou pedir)? Será que esta uva é muito rascante? Chileno, argentino, brasileiro, italiano,... Safra, isto importa? Calma! Em um primeiro momento, é bem difícil escolher e compreender este universo tão vasto dos vinhos. Então, é necessário enumerar algumas atividades interessantes para quem deseja se aprofundar no ramo. Nada de informações teóricas: nesta matéria, caminhos serão sugeridos para ajudar nos primeiros passos deste mundo fascinante. Esteja com as taças a postos!
Com tantas opções, é realmente difícil escolher (Foto: Flavio Flarys / G1)Com tantas opções, é realmente difícil escolher (Foto: Flavio Flarys / G1)
Taças Brodeaux e flûte (Foto: Carlos Sampaio / Mundo dos Vinhos)Taças Bordeaux e flûte são ideais para se ter
(Foto: Divulgação / Mundo dos Vinhos)
E por falar em taças, será que elas são realmente necessárias? Sim e não. Você pode ouvir uma ópera num radinho de pilha, mas isto não é muito recomendável. Assim como a taça, que é o principal instrumento do apreciador, enaltecendo as qualidades do líquido. Cada estilo de vinho tem sua própria taça correspondente, mas as "Bordeaux" se adequam a praticamente todos eles: pode-se servir os brancos e tintos nelas sem problemas! Também é bom ter algumas taças flûte, específicas para espumantes, que retêm o perlage (pequenas bolhas do líquido) por mais tempo. E não se esqueça: jamais encha a taça com mais de um terço da sua capacidade e, ao segurá-la, sempre opte pela base ou haste e nunca pelo bojo, senão aumentará a temperatura do líquido, mudando suas características no paladar. Ah, a temperatura... 
Assim como a taça, a temperatura do vinho é importantíssima! Afinal, quase ninguém gosta de refrigerante quente nem café expresso gelado. E o mito de que o "vinho tinto tem que ser servido na temperatura ambiente" é apenas... um mito. Aqui no Brasil, onde a temperatura ambiente pode chegar a muito mais que 30ºC, o vinho ficaria demasiadamente quente se não fosse previamente refrescado. Genericamente, podemos atribuir as seguintes temperaturas para os espumantes e vinhos: 8ºC para espumantes (2 horas na geladeira + um balde de gelo para manter), 12ºC para os brancos (1 hora na geladeira) e 17ºC para os tintos (20 minutos na geladeira). Lembre-se: vinho muito gelado mascara os aromas e muito quente faz o álcool sobressair. A ordem de serviço será sempre primeiro os espumantes, depois os brancos e a seguir os tintos, sendo os leves antes dos encorpados.
Provar vinhos de diferentes uvas é uma ótima experiência (Foto: Flavio Flarys / G1)Provar vinhos de diferentes uvas é uma ótima
experiência (Foto: Flavio Flarys / G1)
Um começo interessante é comprar vinhos de uvas diferentes e provar. Estabeleça uma faixa de preços e vá conhecendo cada uma delas: Merlot, Cabernet Sauvignon, Carmenere, Malbec, Pinot Noir, Tannat e Syrah são algumas interessantes neste início (este tipo de vinho é chamado de varietal, produzido a partir de uma variedade de uva). Entre as brancas, a Sauvignon Blanc e Chardonnay são indispensáveis de se conhecer. Em relação às safras, neste primeiro momento, não se preocupe: isto só importa realmente para vinhos considerados mais "sérios", com potencial de guarda. Para os mais simples, é interessante saber que os tintos não devem passar de 6 anos e os brancos de 4 anos da colheita (o ano da safra, que vem estampado no rótulo).
Uma boa ideia é juntar um grupo de amigos e comprar algumas garrafas com estas uvas, assim, o custo será dividido e todos poderão provar um pouco de cada variedade e anotar suas impressões. Ao escrever as próprias percepções, o aprendizado já se inicia. Confira, abaixo, uma tabela simples de impressões de vinho:
Vinho:   _____________________
Uva:  _______________________
Produtor:   ___________________
Safra:  ______________________
Teor Alcoólico:  _______________
Preço:   _____________________
Origem:  ____________________
Aspecto visual: _______________
Análise olfativa:  ______________
Análise gustativa:   ____________
Nota final: ___________________
Após escolher suas uvas preferidas, dê um passo adiante: compre vinhos da mesma uva e de países diferentes. Cada produtor escolhe um método diferente na vinificação, e você perceberá que o sabor muda completamente entre determinados vinhos. Agite a taça e tente identificar os aromas, uma tarefa muito complexa, mas instigante. Vários fatores podem influenciar no produto final: o tipo de solo no cultivo, a data da colheita, o uso - ou não - de barricas de madeira, e só há uma maneira de descobrir as peculiaridades de cada rótulo: provando!
Harmonizar comida com vinhos é uma tarefa muito difícil (Foto: Flavio Flarys / G1)Harmonizar comida com vinhos é uma tarefa muito
difícil (Foto: Flavio Flarys / G1)





Ao provar, é sempre aconselhável acompanhar a bebida com algum alimento. E aí começa o capítulo mais difícil de toda a experiência: combinar vinhos com comida é prazeroso, mas muito complexo. Deve-se avaliar as características de ambos, para aproveitar suas afinidades ou contrastes. Não acredite em fórmulas prontas: peixes com vinhos brancos e carnes vermelhas com vinhos tintos normalmente combinam, mas nem sempre. O molho, o ponto da carne, a uva, tudo influencia na harmonização. Preste atenção no peso do vinho e da comida: pratos leves com vinhos leves e pratos consistentes com vinhos encorpados são boas dicas - mas não únicas - para harmonizar uma refeição.
Nos restaurantes, esta tarefa é exercida pelo sommelier. Acredite neste profissional e delegue a ele a escolha do vinho para acompanhar o prato que será servido. Ele, certamente, conhece o cardápio e sabe quais os melhores vinhos para combinar com o que será servido. Uma informação importante que o sommelier precisa ter é qual o valor que o cliente está disposto a pagar pelo vinho. Não se acanhe: diga qual prato vai pedir e quanto quer gastar com a bebida.
Sommelier Brunno Guedes diz que o importante é não ter preconceito (Foto: Flavio Flarys / G1)Sommelier Brunno Guedes diz que o importante é
não ter preconceito (Foto: Flavio Flarys / G1)
Segundo o sommelier Brunno Guedes, proprietário da loja especializada em vinhos e espumantes Rótulos & Rolhas, o importante é não ter preconceito com experiências anteriores: "Às vezes, alguém prova um vinho argentino ou de uma determinada uva e não gosta, e aí surge um certo preconceito. Mas, não é por isso que necessariamente não vá gostar do estilo ou da localização. E tem a questão da rolha também. Muitos clientes têm preconceito com a screw cap (rosca), mas existem belíssimos vinhos com este tipo de lacre, principalmente brancos".
Ao comprar vinhos para consumir depois, é importante guardá-los de forma adequada. Se não tiver uma adega ou wine cooler, ele deverá ficar em local escuro com ausência de cheiros (inseticidas, por exemplo), boa umidade (70%) e pouca variação de temperatura, sendo ideal em torno dos 17ºC. Procure o lugar mais fresco de sua casa e é lá que você vai guardar os seus vinhos.
E não se esqueça: ninguém se torna um expert do dia para a noite. Portanto, aprimore-se com calma, aos poucos, e beba sempre com moderação. Após certo limite, é impossível analisar com fidelidade o que se está bebendo. Compartilhe conhecimento com algum amigo que goste de vinhos, troque experiências e, claro, não deixe de ler esta coluna, que sempre trará dicas do universo enogastronômico! Vários temas ainda serão abordados, como o decanter, adega, tanino, acidez, exame visual e olfativo, equilíbrio, tipos de rolha, harmonização, como guardar o vinho que sobrou do jantar, o trabalho do sommelier, dentre muitos outros.
Tem sugestões, dúvidas ou críticas? Mande para a coluna pelo VC no G1 ou pelo e-mail gastronomia@redeintertv.com.br ou.